Merecedor do bem, que é digno de honraria, aplausos, recompensas...Isso significa Benemerência!
QUÍMICA É...
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Química e português: Uma palavra, vários significados
"Para você, o que é Química?"
“Alguma coisa de misturar alguma coisa e virar
alguma coisa” – Maria Da Penha, 55 anos
“Combinações que dão origem a compostos" -
Elena Marinho, 27 anos
“Para mim Química é aquilo que nos cerca, todos os
compostos, todos as reações no corpo, todas sensações” – Matheus Furlani, 16
anos
“Tudo o que modifica o meio” –
Mariana Valfré, 18 anos
"Uma matéria que estuda a
interação entre as substâncias, elementos..." - Gabriel, 16 anos
“Ah, eu conheço produtos
químicos... pode ter relação com remédio também" - Valério ~cobrador do
ônibus~, 40 anos
“Uma palavra que depende do
ponto de vista da frase. Ou tudo aquilo que te ferra na escola, mesmo" -
Luísa Reali, 15 anos
Abrindo o encontramos a seguinte definição
Já em outro, lemos que
A química nada mais é um pouquinho de cada
“significado” que vimos acima na pesquisa realizada com o público
. É a ciência
que se dedica ao estudo da matéria, levando em conta a sua composição, as
reações e as transformações.
Como foi possível acompanhar nas postagens
anteriores a química está muito presente em nosso dia a dia, vamos ver como
tudo começou...
Linha do Tempo
Ufa!
Bom, dá para perceber que a química não é uma coisa
fácil de se definir, mas...
... donde será que surgiu a palavra/o nome “Química”?
"Do grego, sei que é de origem europeia" - Jaider Júnior, 16 anos
"Hebraico ou latim"- Diego Diogo, 17 anos
"Dos alquímicos" - Elena, 27 anos
"Ah, tudo veio da Grécia mesmo"- Fábio
Luiz, 38 anos
Bem, meus amigos,acredita-se que a palavra Química se originou da palavra egípcia KHEMEIA, que por sua vez
se originaria da palavra KHAM, nome do país. Mas calma, também poderia a
palavra Química ter se originado da palavra grega CHYMA, que significa
"fundir" ou "moldar" metais. A palavra QUÍMICA ficou
definitivamente consagrada, e a ciência QUÍMICA foi definitivamente desligada
da alquimia (isso vimos) no século dezessete pelo químico irlandês Robert Boyle
(isso não) ao publicar em 1661 seu livro intitulado: The Sceptical Chymist (O
Químico Cético).
Química e amor: Mais um significado
Borboletas no estômago, faces
rosadas, mos suando, olhos brilhantes, sorriso até as orelhas… Esses são apenas
alguns dos indícios de que o amor que sentimos está ligado a reações produzidas
pelos nossos corpos.
Com certeza você já ouviu falar da
frase “rolou uma química entre nós”, pois bem, ela não é figurativa(!!!). Todas
aquelas sensações gostosas que sentimos quando estamos apaixonados são causadas
por um fluxo de substâncias químicas que nosso ‘corpicho’ fabrica quando
olhamos ou pensamos no ‘crush’. Dentre essas substâncias estão a dopamina,
endorfina, adrenalina e outras ‘inas’.
A química da paixão libera substâncias que produzem
a sensação de felicidade, aceleram o coração e aumentam a excitação. É graças a
esse fenômeno que surge o desejo sexual entre o casal, que muito além de algo
físico, é química novamente (hehe).
Massss, porém-contudo-todavia-entretanto-no
entanto, assim como a química, o amor não tem uma única definição.
Perguntas frequentes e esclarecimentos por internautas
“Quantos
tipos de Química existem?” – Internauta anônimo
Melhor resposta: “Química mesmo
só existe uma, as outras que você deve ter ouvido falar estão sempre
acompanhadas ou precedidas de outras palavras, que formam assim os ramos da
Química, como Bioquímica, Química Orgânica, Físico-Química... ” –
amantedequimica2000
“O que é Química Orgânica?” –
sempreconfuso34
Melhor resposta: Química
orgânica é a parte da química que estuda os compostos do elemento carbono, os
também chamados compostos orgânicos, que possuem propriedades
características. – Internauta anônimo
“Eu posso fazer uma
poção do amor com ajuda da química?” – apaixonada4ever
Melhor Resposta: Cientistas
atuais estão falando de uma poção do amor de verdade, baseada nos detalhes
bioquímicos mais profundos das emoções humanas e pronta para produzir paixões
instantâneas, ou quase. Segundo uma revista científica britânica Nature. Young
já tem até os nomes de alguns possíveis ingredientes: os hormônios vasopressina
e oxitocina, encontrados em humanos e em vários outros mamíferos.
Talvez no futuro você consiga, apaixonada4ever, mas
hoje, acho melhor procurar um médico.Abraços. – superinteressanteclub
Compartilhe você também suas dúvidas e
conhecimentos, afinal, é assim que movemos o mundo!
Curiosidade Curiosa...
No post de hoje vimos a origem da palavra Química.
Cada elemento da nossa amada tabela periódica tem uma origem no nome também.
Como são muitos separamos os mais... diferentes,
digamos
Manganês (Mn)
O manganês levou o
nome por engano: seu minério foi confundido com a magnetita. Esta, por sua vez,
herdou o nome de Magnes, suposto pastor grego que a teria descoberto.
Cobalto (Co)
Cobalto deriva de
Kobold, um espírito maligno do folclore alemão. Isso porque está presente em
minérios cuja exploração era tóxica aos trabalhadores.
Níquel (Ni)
Níquel deriva de uma
palavra alemã para “diabo”. Quando foi descoberto, acreditava-se que se tratava
de cobre. Mas, como sua extração era impossível, os trabalhadores culparam um
espírito maligno.
Antimônio (Sb)
O batismo vem do
grego: antimônio significa “não está sozinho”. Isso porque o elemento
geralmente não é encontrado isolado, e sim combinado com enxofre ou oxigênio
Túlio (Tm)
O nome é inspirado em
Thule, uma ilha europeia registrada em diferentes locais de acordo com a época.
Pode ser as ilhas Órcades, as ilhas Shetland, a Islândia ou até a Groenlândia.
Índio (In)
Não tem nada a ver
com indígenas (ou a Índia). Quando colocado numa chama, o índio emite uma luz
índigo, cor situada no espectro entre o azul e o violeta.
Esse foi nosso post! :)
Esperamos que tenham gostado dele e que o mesmo
tenha esclarecido algumas dúvidas de vocês, caso contrário, estaremos aqui até
quinta-feira para responde-las.
Beijão da Alice, Juana, Julyane Nascimento, do
Atílio, da Patrícia e da Maria.
Até o ano que vem!
Fontes:
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
FERMENTAÇÃO
O QUE É FERMENTAÇÃO?
A fermentação não deve ser confundida com a respiração anaeróbica

A fermentação é um conjunto de reações químicas controladas enzimaticamente, em que uma molécula orgânica (geralmente a glicose) é degradada em compostos mais simples, liberando energia. Em alguns casos a fermentação é usada para transformar um material cuja modificação seria difícil ou muito cara se métodos químicos convencionais fossem escolhidos. A fermentação é sempre iniciada por enzimas formadas nas células dos organismos vivos. Uma enzima é um catalisador natural que provoca uma mudança química sem ser afetado por isto.
Células do corpo humano produzem enzimas digestivas, como pepsina e renina que transformam comida em uma forma solúvel.
·
Fermentação aeróbica: ocorre na presença de
oxigênio do ar, como por exemplo no ácido cítrico e na penicilina.
·
Fermentação Anaeróbica: ocorre na ausência de
oxigênio, como por exemplo na cerveja, no vinagre, no iorgute e até em
cãimbras.
Reações de Fermentação
Pode-se considerar as reações da fermentação divididas em duas partes principais: a glicólise e a redução do ácido pirúvico.
1) A glicólise é o conjunto de reações iniciais da degradação da glicose, semelhantes em todos os tipos de fermentação e na respiração aeróbia. Tem início com a ativação da glicose, que recebe dois grupos fosfato, fornecidos pelo ATP, que se transforma em ADP.
Por este processo de fosforilação a glicose transforma-se em frutose 1,6-difosfato (molécula com 6 carbonos e dois fosfatos) que será quebrada em duas moléculas de gliceraldeído 3-fosfato (molécula com 3 carbonos e um fosfato), pois é altamente instável.
A energia desta quebra permite a ligação de um outro grupo fosfato inorgânico a cada uma destas moléculas, que se tornam gliceraldeído 1,3-difosfato. Estes grupos fosfato, energéticos, são então transferidos para moléculas de ADP, transformando-as em ATP. O gliceraldeído transforma-se, por sua vez, em ácido pirúvico.
Sabe-se
que a glicólise ocorre em praticamente todos os seres vivos, mesmo que
complementada com outras reações, o que parece confirmar que deverá ter sido o
primeiro fenômeno eficiente de produção de energia em células.
2) A segunda parte da fermentação
consiste na redução do ácido pirúvico resultante da glicólise.
Cada molécula de ácido pirúvico é reduzida pelo hidrogénio que é libertado pelo
NADH2 produzido na glicólise, originando, conforme o tipo de organismo
fermentativo,
ácido láctico, ácido acético ou álcool etílico e dióxido de
carbono.
Assim, o rendimento energético líquido deste processo fermentativo é de apenas
2 moléculas de ATP por cada molécula de glicose degradada (recordemos que para
activar a glicose foram investidos 2 ATP e que no final se produzem 4 ATP).
Este processo é, portanto, muito pouco eficiente, pois apenas 4% da energia
contida na molécula de glicose é disponibilizada para o organismo.
A fermentação não utiliza oxigênio e decorre no citoplasma das células, sendo cada etapa catalisada com a ajuda de uma enzima diferente.
A fermentação não utiliza oxigênio e decorre no citoplasma das células, sendo cada etapa catalisada com a ajuda de uma enzima diferente.


Cada molécula do ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que também contém três átomos de carbono.
Lactobacillus
O sabor azedo do leite fermentado
se deve ao ácido lático formado e eliminado pelos lactobacilos. O abaixamento
do pH causado pelo ácido lático provoca a coagulação das proteínas do
leite e a formação do coalho, usado na fabricação de iogurtes e queijos.
Fermentação láctica no homem!

Nessas condições, ao mesmo tempo
em que as células musculares continuam respirando, elas começam a
fermentar uma parte da glicose, na tentativa de liberar energia extra.
O ácido láctico acumula-se no
interior da fibra muscular produzindo dores, cansaço e cãibras.
Depois, uma parte desse ácido é
conduzida pela corrente sanguínea ao fígado onde é convertido em ácido
pirúvico.
O ácido cítrico, largamente utilizados nas
industrias de alimento, refrigerantes, medicamentos, tintas e outras, eram
anteriormente extraído de frutos cítricos. Atualmente, é obtido por oxidação
parcial aeróbica de hidratos de carbono (sacarose, principalmente) por ação de
certos fungos, entre os quais Aspergillus niger, A. wentii, Mucor spp. etc
Aspergillus niger
Fermentação butírica é a reação química
realizada por bactérias anaeróbias, através da qual se forma o ácido butírico.
Este processo foi descoberto por Louis Pasteur em 1861. Se produz, a partir da
lactose ou do ácido láctico. A fermentação butírica é a conversão dos
carboidratos em ácido butírico por ação de bactérias da espécie Clostridium
butyricum na ausência de oxigênio e se caracteriza pelo surgimento de
odores pútridos e desagradáveis.
Clostridium butyricum
Fermentação Alcoólica
As
leveduras e algumas bactérias fermentam açucares, produzindo álcool etílico e
gás carbônico (CO2), processo denominado fermentação
alcoólica.
Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de ácido pirúvico produzidas são convertidas em álcool etílico (também chamado de etanol), com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP.
Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de ácido pirúvico produzidas são convertidas em álcool etílico (também chamado de etanol), com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP.
Esse tipo de fermentação é
realizado por diversos microorganismos, destacando-se os chamados “fungos de
cerveja”, da espécie Saccharomyces cerevisiae. O homem
utiliza os dois produtos dessa fermentação: o álcool etílico empregado
há milênios na fabricação de bebidas alcoólicas (vinhos, cervejas, cachaças
etc.), e o gás carbônico importante na fabricação do pão, um dos mais
tradicionais alimentos da humanidade. Mais recentemente tem-se utilizado esses
fungos para a produção industrial de álcool combustível.
Saccharomyces
cerevisiae
Os fungos que fermentam também são capazes de
respirar aerobicamente, no caso de haver oxigênio no meio de vida.
Com isso, a glicose por eles utilizada é mais profundamente transformada e o
saldo em energia é maior, 38 ATP, do que os 2 ATP obtidos
na fermentação.
Fermentação Acética
A
fermentação acética se dá após a fermentação alcóolica e sua base é a produção
de ácido acético a partir de álcool etílico.
Esse tipo
de fermentação é realizado pelas acetobactérias. Seu produto final,
o ácido acético, provoca o azedamento de vinhos e dos sucos de frutas, além de
ser responsável pela produção de vinagres comum e do ácido acético industrial.
Desenvolve-se também na deterioração de bebidas de baixo teor alcoólico e na de
certos alimentos.
As acetobactérias,
também conhecidas por bactérias acéticas, necessitam de oxigênio
para realizar acetificação, produzindo ácido acético e CO2. Por essa razão,
multiplicam-se mais na parte superior do vinho que está sendo transformada em
vinagre.
FERMENTO - Ingrediente fundamental para o pão

O conhecido "fermento biológico" nada mais é do que uma grande
quantidade de células de Saccharomyces cerevisiae, um grupo de
leveduras muito utilizado na fabricação de bebidas alcoólicas, pão, bolos,
biscoitos, etc. Este grupo faz parte dos fungos, e engloba organismos
unicelulares com nutrição heterotrófica por não possuírem pigmentos
fotossintetizantes. De todos os seres vivos, os fungos são os que possuem a
mais rica coleção de enzimas. Esta variedade de enzimas permite que eles
"ataquem" praticamente qualquer tipo de material.

É muito importante diferenciar-se o fermento biológico do fermento químico, utilizado para bolos e biscoitos.
Aplicações e Benefícios
·
O ácido que é produzido na fermentação azeda ajuda
a conservar os alimentos. Nos mingaus fermentados, os ácidos principais são os
lácticos e acéticos.
·
Na Tanzânia, as crianças que comem mingau
fermentado têm menos diarréias do que as crianças que comem mingau não
fermentado. O mingau é contaminado freqüentemente com bactérias que causam a
diarréia devido à água impura ou à falta de higiene. A fermentação ajuda a
reduzir a contaminação porque estas bactérias nocivas não podem multiplicar-se
tão facilmente em alimentos fermentados.
· A Penicilina é um antibiótico que destrói muitas
bactérias causadoras de doenças. É derivado de um mofo que cresce em uma
mistura fermentativa de substâncias cuidadosamente selecionadas para este
propósito. A Penicilina industrial e muitos outros antibióticos se tornaram uma
área muito importante da indústria farmacêutica.
·
A fermentação melhora a absorção de nutrientes
importantes, especialmente ferro e zinco.
· A fermentação melhora o conteúdo protéico e
adiciona vitaminas e minerais.
·
Um produto de fermentação, Terramicina, é
adicionado a rações animais para acelerar o crescimento dos animais e os
proteger de doenças.
·
Muitas pessoas preferem o sabor dos alimentos
fermentados. Alguns dizem que o sabor azedo ajuda a recuperar o apetite quando
as pessoas estão doentes.
·
A fermentação reduz a toxina (cianeto) que está
naturalmente presente na mandioca, especialmente nas variedades amargas. A
maneira tradicional de fazer gari e farinha ralando-se a mandioca e deixando-a
de molho em água para fermentar é uma maneira inteligente de permitir que o
ácido libere a toxina. O benefício desta prática foi apreciado pelos nossos
ancestrais, apesar de que esta ‘ciência’ só foi conhecida recentemente.

·
As leveduras e algumas bactérias fermentam
açúcares, produzindo álcool etílico e gás carbônico, processo denominado
fermentação alcoólica. O homem utiliza os dois produtos dessa fermentação: o
álcool etílico, empregado há milênios na fabricação de bebidas alcoólicas e o
gás carbônico, importante na fabricação do pão, um dos mais tradicionais
alimentos da humanidade.
·
Os lactobacilos (bactérias presentes no leite) executam
a função láctica, em que o produto final é o ácido láctico. Para isso eles
utilizam, como ponto de partida, a lactose, o açúcar do leite. O sabor azedo do
leite fermentado se deve ao ácido láctico formado e eliminado pelos
lactobacilos. O abaixamento do pH (aumento de acidez) causado pelo ácido
láctico provoca a coagulação das proteínas do leite e a formação do coalho,
usado na fabricação de queijos e iogurtes.
·
As acetobactérias provocam o azedamento do vinho e
dos sucos e frutas, sendo responsáveis pela produção do vinagre.
Referências:
Integrantes: Sara Ramos, Letícia, Dianna , Nathalie e Kemily
terça-feira, 17 de novembro de 2015
A ERA DO PLÁSTICO

Da
caneta ao motor do carro, da cirurgia no coração ao capacete do motociclista,
só dá ele!
Ninguém escapa do plástico, mesmo o
mais naturalista que seja. Ele está na escova de dentes, na sola do pé (em
tênis, sandálias, sapatos), na cozinha inteira, no carro, no avião, nos
cosméticos, monitores de computadores, peças do setor automobilístico, no capacete do motociclista, nos alimentos,
brinquedos, em próteses terapêuticas, na caneta, nos CDs... O plástico, nas
suas diversas formas (e sob diferentes nomes), tornou-se nos últimos anos uma
espécie de faz-tudo, além de confiável indicador de desenvolvimento de um
país.
Como foi inventado
o plástico?
Antes mesmo de ser
inventado, ele já existia na natureza. A palavra plástico - derivada do grego
plastikos, flexível - define qualquer material capaz de ser modelado com calor
ou pressão para criar outros objetos. Assim, resinas de certas árvores
conhecidas desde a antigüidade são consideradas plásticos naturais, bem como o
marfim, moldado desde o século XVII. Já o plástico artificial surgiu com a
contribuição de vários inventores, cada um deles obtendo um pequeno avanço. Em
1839, o americano Charles Goodyear (1800-1860) criou o processo de vulcanização
da borracha, que transformava o material natural em um produto mais resistente
às mudanças de temperatura. Décadas depois, em 1870, o americano John Wesley
Hyatt (1837-1920) produziu celulóide a partir da celulose das plantas. O
material era usado, por exemplo, para substituir o marfim na produção de bolas
de bilhar.
Mas a verdadeira
revolução viria em 1907, quando o químico belga, naturalizado americano, Leo
Baekeland (1863-1944) criou o primeiro plástico totalmente sintético e
comercialmente viável, o Bakelite. Começava a era dos plásticos modernos,
feitos à base de petróleo, carvão e gás natural, o que prevalece ate os dias de
hoje. A chave desse novo processo foi à polimerização, que consiste em juntar,
a partir de diversas reações químicas, várias moléculas menores em uma grande,
que não se quebra facilmente e dá ao material maior durabilidade. Desde então,
centenas de plásticos, ou polímeros, foram criados pelas empresas petroquímicas
para as mais diferentes utilidades, como o poliéster (1932), o PVC (1933), o
náilon (1938), o poliuretano (1939), o teflon (1941) e o silicone (1943).


A composição química dos plásticos
está baseada nos polímeros. Mas o que são os polímeros?
Polímeros são
macromoléculas obtidas pela combinação de um número imenso de moléculas
pequenas, os monômeros. O processo pelo qual isso é feito é denominado
polimerização.
Os polímeros podem
ser naturais ou artificiais.
Os polímeros
naturais são: Celulose, amido, látex natural, caseína (proteína do leite),
seda, fios de teia de aranha (proteína tipo betaqueratina).
Os polímeros
artificiais são: Polietileno, politetrafluoretileno (teflon), náilon, borracha
sintética, poliéster, acrílico. Os polímeros artificiais são denominados
plásticos.
Os plásticos são
materiais artificiais, normalmente de origem orgânica, que em algum estágio de
sua fabricação adquiriram forma com a ajuda de calor e pressão e com o emprego
de moldes. Devido à combinação de baixos custos de produção, versatilidade,
ótima resistência e boa aparência, existe um crescente sucesso do uso de
plásticos.
Um verdadeiro vilão a natureza
Os
plásticos são um inimigo do meio ambiente por persistir e demorar ate 200 anos
a se degradarem na natureza. A quantidade de plástico fabricado é muito mais
rápido do que a que se degrada, causando um impacto ambiental negativo muito
grande, somado ao fato que ele ainda é tóxico, sua degradação libera toxinas ao
ambiente que o prejudicam ainda mais.
E
este não é o único ponto. Milhares de animais, são alvo do despejo inadequado
de plásticos deixados pelo homem na natureza. O plástico, além de tóxico, pode
causar vários acidentes aos animais, como alguma intoxicação ou sufocamento ao
tentarem ingerir o produto. Estimasse que 8 milhões de toneladas de lixo plástico vão parar nos oceanos
a cada ano, além do que vemos nas superfícies, os especialistas acreditam que
grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos.
A natureza
ainda não sabe como se livrar dele. "Bactérias e fungos que decompõem os
materiais não tiveram tempo de desenvolver enzimas para degradar a
substância", afirma a engenheira química Marilda Keico Taciro, do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O plástico é um material novo na
natureza - o primeiro modelo surgiu só em 1862, criado pelo britânico Alexander
Parkes. Cada uma de suas moléculas possui centenas de milhares de átomos,
principalmente carbono e hidrogênio. Como as ligações entre os átomos são muito
estáveis, os decompositores não conseguem quebrar o material em partes menores
para destruí-lo. Resultado: alguns tipos de plástico, como o PET, usado em
garrafas de refrigerantes, levam mais de 200 anos para desaparecer.

Infelizmente, o plástico é um dos materiais mais encontrados em
aterros sanitários. O potencial ambiental e econômico desperdiçado com essa
destinação inadequada gera perdas estimadas em R$ 5 bilhões/ano. E mais: entre
500 bilhões e um trilhão de sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo
anualmente. Só no Brasil são distribuídas cerca de 1,5 milhão de sacolinhas por
hora!
Segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem
(Cempre), 21,7% dos plásticos foram reciclados no Brasil em 2011, o equivalente
a 953 mil toneladas/ano. Ainda em 2011, a campeã na reciclagem mundial de
plásticos foi a Suécia (53%), seguida da Alemanha (33%), Bélgica (29,2%) e
Itália (23,5%).
Portanto, entre as iniciativas para reduzir os impactos sobre o
meio ambiente estão tanto a melhor utilização dos plásticos na concepção e
confecção de produtos quanto a adoção da coleta seletiva e da destinação final
mais eficientes, associadas à reciclagem no pós-consumo.
“Bem, foi um mero acidente, porque o plástico não é o que eu pretendia inventar...”
Leo Baekeland, químico belga, sobre a invenção da Baquelite
http://www.revistaecologico.com
.br/materia.php?id=91
&secao=1543&mat=1755
Postagem por: Ester, Camila, Juliana e Tifany
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